sábado, 28 de agosto de 2010

Fica?

Essas coisas são estranhas e não acontecem com frequência. Elas quase nunca acontecem. Por isso, quando ela sentiu aquela sensação pensou que tinha que aproveitá-la.

Funcionou mais ou menos assim: um milhão de vezes eles se cruzaram e se encontraram na escada do trabalho. E ela nem notou que um certo dia dividiram a mesma mesa naquela cerveja de fim de expediente.

E de repente, assim, quase que instantaneamente, uma série de acasos fizeram com que ela tivesse que falar com ele.

Por causa das circunstâncias, ela não entendeu muito o que estava sentindo. Mas era um estranhamento bom. Como se de repente compreendesse o porquê de estar ali. Com o passar dos dias, ela experimentou uma das sensaçoes mais gostosas e que lhe faziam tanta falta: identificação.

Não era essa identificação corriqueira. Não compartilhavam apenas o gosto musical. Compartihavam sensibilidade. Era diferente. Começou a lembrar das vezes em que tinham se cruzado. E do quanto ela nao fazia ideia, ela nem imaginava...

Era meio confuso.

Ela queria conviver com ele pra sempre. Ainda não entendia se juntos ou separados, mas definitivamente pra sempre.

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